quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

LVMH refaz estratégia e investe em relacionamento

Não é de hoje que o grande desafio das marcas de alto padrão é ganhar lucratividade na economia em escala, sem perder a exclusividade e a consistência na entrega.

Lembro de consultores franceses, há muitos anos, dizendo que não consideravam mais Louis Vuitton e Rolex marcas posicionadas no segmento do Luxo Absoluto.
O que vamos ver agora é o "Back to Basics".

Louis Vuitton, marca o maior do mundo de luxo em volume de vendas, vai frear sua expansão mundial. A idéia é se concentrar nos produtos high-end para preservar a sua imagem exclusiva, disse Bernard Arnault, Presidente da LVMH.




A abertura de muitas lojas pelo mundo foi arriscada, e a empresa amargou uma queda nas vendas nos últimos trimestres.

Louis Vuitton, que gera mais de metade do lucro operacional da LVMH, abriu lojas em lugares remotos, como Mongólia. Hoje, está presente em 50 países, com mais de 460 lojas, e gerando mais de 7 bilhões de Euros em vendas por ano.

"A estratégia do grupo agora é limitar a abertura de lojas", disse Arnault. "Queremos focar em produtos de couro com alto valor agregado."

Ao invés de abrir novas boutiques, a marca vai expandir as já existentes, bem como oferecer aos clientes um relacionamento mais pessoal.

"Isso significa que a curto prazo o crescimento deve ser mais moderado", disse o analista de luxo do BNP Paribas, Luca Solca.

"Mas a boa notícia é que as suas expectativas sobre a China são bons, e que as vendas já começaram a mostrar uma aceleração, ainda que modesta."

O presidente do conglomerado de luxo afirma que 2013 tem boas perspectivas, impulsionados pelo crescimento de 2% do PIB dos USA e 8% da China.

Entretanto, o setor de bens de luxo sofreu uma desaceleração na China no segundo semestre de 2012, devido à mudança de liderança, mas os executivos da indústria disseram que as tendências de mercado tem melhorado nas últimas semanas.

A britânica Burberry foi uma das primeiras marcas importantes a alertar sobre a degradação das condições de comércio na China, em setembro de 2012.

Mas a LVMH continua sendo a gigante do luxo, alcançando mais de EU 28 milhões de receita e um crescimento de 19% em comparação com 2011, após a integração com a Bulgari em Junho/2011 (o que resultou um aumento de receita orgânica de 10%). 


Acesse o Relatório Financeiro Anual 2012 do Grupo LVMH AQUI.

Como curiosidade, Christian Dior tem 41% da LVMH e as ações da empresa estão em EU 2,9.

E já que estamos falando da volta da personalização e relacionamento, valores tão desejados pelos clientes das grandes marcas de luxo, segue uma prova que a conexão emocional com os clientes é simples, humano e pessoal:

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